quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Adão e Eva - Expulsos

Outra página da mesma vida...

Sabe queles dias em que quando o dia inicia, o que você sente vontade é de simplesmente chorar?
Pois é! Sem mais delongas, direto ao ponto é assim que tenho me sentido de alguns dias pra cá.
Posso não ter os inúmeros motivos para que essas lágrimas não sessem, mas os poucos que tenho é imenso para que confunda minha cabeça, e me encha de incertezas.
Estive no paraíso durante muito tempo, e me fiz como Adão e Eva que de tudo podia tocar, e comer, menos burlar as regras e comer do fruto proibido!
O meu fruto proibido não me mostraram, mas em minha plena consciência não era muito difícil de saber onde podia tocar, ou no que de forma nenhuma deveria pelo menos pensar em ter a curiosidade em minha cabeça.
Durante algum tempo tenho vivido aqui, no paraíso cheio de liberdades, de coisas novas, de descobertas, e porque não dizer, coisas que jamais tive no meu mundinho antes de pisar aqui... Taí, talvez seja a saudade do meu mundinho que tem me deixado assim, no meu mundinho onde o proibido era eu mesmo quem decidia, onde o proibido vinha nas broncas de minha mãe e nunca das indiretas pelas quais recebo hoje!
Lá no meu mundinho eu era feliz e não sabia, então resolvi ser ousado e buscar um novo rumo aqui no paraíso, nem sabendo eu que as regras para a sobrevivência são totalmente ditas por um estereótipo que nunca me acompanhou...
Hoje sei das minhas dificuldades, de onde tenho sido fraco, de onde coisas e pessoas tem me incomodado.
Acordei cedo, pois os meus olhos passaram a noite querendo fazer-se derramar de tanta saudade, de tanta angustia, de tantos pensamentos tolos que tenho carregado e acumulado aqui dentro..
Não gosto de ser motivos de conversas alheias, ainda mais pelas minhas costas, onde todos e os mais variados assuntos são postos aquela rodinha feliz, pois naquele momento estão de mim, me descascando como uma banana pronto pra ser posta num liquidificar e ser triturada sem direito a nenhum questionamento. Minha intuição me faz pensar que eu nunca fui e nem serei o bom suficiente para agradar a todos, afinal quando tudo parece está indo na melhor, algo acontece e como todos já estão cansados de saber: a corda sempre quebra do lado dos mais fracos.
Senti vontade de arrumar minhas coisas e partir, não sei pra onde, atrás do não sei o quê, mas sumir, pra ver se esse nó na garganta se desfaz, pra ver e eles vêm, que eu não sou nenhum vilão, que tenho sim os meus problemas os meus defeitos...
Sabe uma coisa que me deixa super feliz: é tomar banho de chuveiro!
De verdade, parece coisa de sonho de menino, mas é isso mesmo. Durante muito tempo da minha vida no meu mundinho era assim: dormir no escuro, tomar banho de balde, se alimentar por aí... E mesmo assim, parece que lá eu era feliz, sem o conforto do vento do ventilador e nem da água morninha que cai sobre minha cabeça... Hoje muito inseguro com relação ao meu futuro, relativo a coisas que andam acontecendo ultimamente. Tenho sentido medo de enfrentar a realidade justamente por não ter amadurecido o quando eu precisava pra enfrentar tudo isso de frente, cara a cara, e não tentar me refugiar em algum lugar, encontrar amuletos onde naquele momento tudo o que me faz bem, e se trancar no meu cantinho e ver as horas passarem na certeza de quando a chave na porta, será um novo dia, um novo começo, e um novo paraíso!
Tenho medo de ser mandado embora, justamente agora em que algumas coisas parecem tentar se ajustar a esse menino que sou...
Mas se isso vier acontecer, tenho que ser Adão e Eva e seguir meu destino...
Eu, expulso do paraíso, o que vai ser de mim?

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Última Estação

Outra página da mesma vida...
Acho que esse processo é o mais doloroso que já passei por toda minha vida de ator..
Não doloroso de doer, mas doloroso de correr atrás, da perfeição, da emoção, do verdadeiro sentimento, dos movimentos..
Esse texto que hora faz minha cabeça querer explodir de tanta dor, essas falas que outrora se confundem...
Mas é isso, quem disse que seria fácil...

"...o tempo se consumindo, se acabando, fugindo como água em minhas mãos..."
Tairon