Saiu da cadeia sem um puto
Sol na cara monstruoso
Ele é da alma "trip" dos malucos
Belo, mas nunca vaidoso
Um dia comparado a mil anos
Saiu lendo o evangelho
Vida e morte valem o mesmo tanto
Evolução do novo para o velho
Puxava seus cabelos desgrenhados
Vendo a vida assim fora da cela
Não quis ficar ali parado
Aguardando a sentinela
A vida parecia reticente
Sabia do futuro e do trabalho
Lembrou de sua mãe já falecida
Verdade era seu princípio falho
Pensando com rugas no rosto
Olhava a massa de cimento
A sensação da massa fresca
Transmitia às mãos o seu tormento
Trabalhava, ganhava quase nada
Fazendo frio ou calor
Difícil era quem aceitasse
Um cara que já matou
Se olhou como um assassino
No espelhinho da construção
O que viu foi sua cara de menino
Quando criança com seu irmão
Aonde anda seu irmão?
Em algum buraco pelo chão
Ou frequenta alguma igreja
Chamando a outros de irmãos
Sábios não ensinam mais
Refletiu sua sombra magra
Com o pouco que raciocina
Ele orava, ele orava
Mas o Cristo de madeira não lhe dizia nada
Mas o Cristo de madeira não lhe dizia nada
Mas o Cristo, brincadeira, não lhe dizia nada
A vida nem sempre é como desejamos ou sonhamos, e por esses e outros motivos vivemos rodeados de fatores que nos vigiam dia e noite... São sonhos e projetos que muita das vezes, não se tornam realidades e nem chegam a serem concluidos... A vida é um livro e não podemos virar uma página, sem ao menos vivermos essa... Tudo o que fazemos tem um pouco de nós... Rogher
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
O Cristo de Madeira
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
Loucura Hoje...

Cara todos os dias tem sido uma agônia, todos os momentos tenho pensado em alguma coisa
em alguém
sei lá...na vida, tô preciando de alguém,
de alviar os meus pesares, as minhas angustias,
tô com dores ns veias, porque o meu sangue agora é sofrimento...
meus dias tem sido sol escuro durante o dia,
e noite com apenas um vago buraco sobre minha cabeça...
se Deus ainda pudesse me olhar eu então saberia que ainda existe um fio de luz e esperança que me sustenta...
Quando houver o dia do tormento acabado do fim, eu então serei sei lá, só paixão,
ou então continuarei com minha tormenta;
Se eu pudesse pelo menos olhar nos olhos de quem um dia me deu um beijo de amor,
Se eu pudesse pelo menos sentir o calor dos braços da fraternidade nesse aguçar da meia noite...
Se contudo eu ainda não saber o que sou, quem foi e onde estou
Morrerei , porque a loucura é o que me resta...
Tormenta...
Rogério Martins
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