Outra página da mesma vida...
As reuniões sempre terminavam tarde e muita coisa se era discutida, porém muito pouco se era feito..
O número de pessoas cresceu e eu nem me dei conta de quantos já tomavam de conta da casa, só sei que a presença de todos me agradavam e amo mesmo tempo tomava conta de mim de uma forma desesperadora que eu nem sei explicar...
O Rever Bell tem ganhado um espaço muito grande na minha vida, e ou tem sido a minha própria vida, pois em tudo que tenho feito, em todos os lugares que tenho ido, tenho estado na presença, tanto espiritual quento corporal dele.
Uma thurma de amigos, de irmãos, nem sei qual o termo para definir o que somos uns para com os outros, mas tenho a certeza de que o que mais nos forlatece é esse sentimento mistérioso.
Marcamos para o dia 23 de Agosto a nossa II Mostra de monólogos e curtas, eu pra falar a verdade preferiria dias depois, para que pudessemos ter muito mais tempo para ensaiarmos, fazer preparos, essas coisas, mas como quem sempre vence é a maioria deixei a escolha deles a data de tal apresentação. Definido dia 23 de agosto, agora era só recassar as mangas e mandar a ver no trabalho e dedicação.
Gostei dos dias de ensaios, me chatiei muito com algumas pessoas, outras me surpreenderam e até agora me supreende tanto para o bem quanto para um imagem distorcida do que pensei que fosse.
Atém então tomar conta de uma família com mais de 10 integrantes tem sido minha maior responsabilidade e minha loucura.
Não sei se todos tem o mesmo interesse já que ingressaram nessa aventura do fazer teatral, mas meus pensamentos são de que continuem independente de que no Rever Bell ou em outro grupo de teatro.
Marcamos pra começar as 18:30 e como já é de praste nada de cumprir horários, se todos não medissem esforços e se empenhacem mais concerteza muita coisa mudaria dentro da Cia, alguns que cumprem horário nada fazem além de ficar com a cara pra cima, esperando a coragem descer do céu. Outros por mais que façam ainda reclamam que muitos não fazem nada, eu como nada sei disso tudo faço minha parte, me extresso, falo auto, deixo pessoas chatedas, e elas nem ao menos podem parar e me ajudar a me concertar... É nessas horas, nessas poucas horas de loucura e de responsabilidade triplicado que eu reconheço os que realmente querem algo...
Pessoas pequenas demais para suportar o tamanho de nossos sonhos...
Mas ocorreu tudo bem, ainda assim depois de muito atrasso, não sei bem o porquê, mas Deus ainda insistiu em fazer cair gotas de chuvas para aumentar a minha preocupação. Mas sei que não foi em vão, pude ver, pessoas que admiram o nosso trabalho sentadas meio ao sereno nos esperando, porque elas confiam no nosso trabalho.
Depois de tudo chorei de felicidade, abracei os amigos, chorei com eles, falei auto, desabafei... comentamos, vi olhos se encherem de lágrimas, outros de lamentendo e colocando dentro de si próprios que poderemos fazer melhor na proxima vez...
Hoje, já se passaram alguns dias e percebo mudanças psicológicas nas pessoas. sorrisos indecisos olhares abafados e incertezos.
Só sei que um dia vírá a certeza que não estou aqui fazendo um trabalho em vão...Deus sabe do que temos conversado estes dias, as estrelas cadentes tem ouvido os meus desejos.
Pessoas me apoiam, acreditam em mim, e me fazem ser e sentir gente, quando em meio aos cacos me sinto pó do restante da guerra...
Sei que a guerra ainda não acabou e se minhas munições acabarem terei refúgio, nem que seja na minha mais pura vontade de vencer!
Rogério Martins
010908
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